Quando o rei anunciar do castelo
Que é chegada a hora da ultima alvorada
Não se terá o sorriso mais belo
E no rosto apenas a boca calada
Na mão a tocha não mais estará
O príncipe perderá o titulo de encantado
A carta da manga enfim se revelará
Um coringa sem graça e envergonhado
E os ventos calados após o arrastão
E os mares no olho do rodamoinho
E o sol fervente parece sozinho
E a lua à procura do seu dragão
Os donos do mundo trancados em casa
O medo, discórdia, cansaço, desgraça
A frase mais linda sob ameaça
Jornal abandonado no banco da praça
E no tira gosto o molho é cachaça
E do sexto verso essa estrofe não passa
Estrofe, estrume, estampado no rosto
Quando o rei anunciar do castelo
Não se terá o sorriso mais belo
E o tenente largará o seu posto, denovo.
Thiago dos Reis Carriço
08/11/07
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