terça-feira, 21 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
No ritmo
Anos de estresse e de desapontamentos que ele resolveu engolir ao invés de soltar, ao invés de brigar, ao invés de demonstrar toda sua raiva de determinados momentos.
Isso fez com que a bola de neve dentro de si se tornasse tão grande que seu corpo passou a funcionar como um exoesqueleto de peculiares insetos que , ao ficarem muito grandes, realizam o fenômeno da muda, e saem de dentro do esqueleto.
Seu corpo havia se tornado o exoesqueleto onde sua acumulação de raiva estava prestes a tomar conta do seu ser.
Até que resolveu parar e apenas observar, e depois de tanto observar a única coisa que conseguiu achar foi graça.
Desencadeou à rir incessantemente e percebeu, naquele intervalo de tempo, que finalmente tinha conseguido entrar no ritmo.
Ligou o som no último volume, e pôs-se a dançar!
Isso fez com que a bola de neve dentro de si se tornasse tão grande que seu corpo passou a funcionar como um exoesqueleto de peculiares insetos que , ao ficarem muito grandes, realizam o fenômeno da muda, e saem de dentro do esqueleto.
Seu corpo havia se tornado o exoesqueleto onde sua acumulação de raiva estava prestes a tomar conta do seu ser.
Até que resolveu parar e apenas observar, e depois de tanto observar a única coisa que conseguiu achar foi graça.
Desencadeou à rir incessantemente e percebeu, naquele intervalo de tempo, que finalmente tinha conseguido entrar no ritmo.
Ligou o som no último volume, e pôs-se a dançar!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Às vezes
É preciso ser o vilão da história
É preciso fingir que está tudo bem
É preciso aceitar o tapinha nas costas
É preciso ser hipócrita
É preciso apertar a mão do otário
Às vezes, às vezes...
É preciso fingir que está tudo bem
É preciso aceitar o tapinha nas costas
É preciso ser hipócrita
É preciso apertar a mão do otário
Às vezes, às vezes...
terça-feira, 7 de setembro de 2010
A oitava vida do gato
Caiu pela sétima vez e tornou a levantar
Caminhou com seu jeito sereno de sempre
Revirou as latas a procurar
Mordeu com toda força que lhe restava aos dentes
Se deu conta que tinha mais de sete vidas
E confundiu isso com asas
Saltou causando-lhe novas feridas
Olhando para trás não enxergou nada
Ajeitou seu bigode pela centésima vez
Até que se deparou com o espelho
Se viu faminto, bêbado e velho
E desistiu de saber os porquês
Continuou vivendo
A oitava vida do gato
Continuou vivendo a oitava vida do gato
Mas se miou, ninguém ouviu
Thiago dos Reis Carriço
Caminhou com seu jeito sereno de sempre
Revirou as latas a procurar
Mordeu com toda força que lhe restava aos dentes
Se deu conta que tinha mais de sete vidas
E confundiu isso com asas
Saltou causando-lhe novas feridas
Olhando para trás não enxergou nada
Ajeitou seu bigode pela centésima vez
Até que se deparou com o espelho
Se viu faminto, bêbado e velho
E desistiu de saber os porquês
Continuou vivendo
A oitava vida do gato
Continuou vivendo a oitava vida do gato
Mas se miou, ninguém ouviu
Thiago dos Reis Carriço
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Escritor x Leitor (Os tempos num tempo só)
Enquanto escrevo, imagino vocês sentados no computador e lendo, como se isso ocorresse simultaneamente ao momento em que digito.Momento esse que para mim é presente e para vocês é passado, pois ao mesmo tempo em que escrevo, eu leio,mas enquanto vocês leem eu já escrevi.
A relação escritor x leitor une o passado,o presente e o futuro num só instante, tendo em vista que o agora de vocês é a leitura e o meu agora é a digitação, porém, no agora de vocês eu estou fazendo outra coisa que para o meu agora ainda é futuro ao mesmo tempo em que é feita a leitura daquilo que foi escrito no meu passado do seu agora.
E no próximo segundo você está lendo no próximo segundo novamente.
A relação escritor x leitor une o passado,o presente e o futuro num só instante, tendo em vista que o agora de vocês é a leitura e o meu agora é a digitação, porém, no agora de vocês eu estou fazendo outra coisa que para o meu agora ainda é futuro ao mesmo tempo em que é feita a leitura daquilo que foi escrito no meu passado do seu agora.
E no próximo segundo você está lendo no próximo segundo novamente.
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