Caiu pela sétima vez e tornou a levantar
Caminhou com seu jeito sereno de sempre
Revirou as latas a procurar
Mordeu com toda força que lhe restava aos dentes
Se deu conta que tinha mais de sete vidas
E confundiu isso com asas
Saltou causando-lhe novas feridas
Olhando para trás não enxergou nada
Ajeitou seu bigode pela centésima vez
Até que se deparou com o espelho
Se viu faminto, bêbado e velho
E desistiu de saber os porquês
Continuou vivendo
A oitava vida do gato
Continuou vivendo a oitava vida do gato
Mas se miou, ninguém ouviu
Thiago dos Reis Carriço
Nenhum comentário:
Postar um comentário