sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O amor que eu não canto

Vocês vão ler agora uma poesia de meu irmão César Carriço Júnior, cujo título é homônimo do título da postagem .



Não canto o amor como canta o bêbado
Que ama todo conhecido
Mas que deixa de amar com a chegada da sobriedade
E da ressaca no dia seguinte
Não canto o amor como canta o Nerd
Pelos jogos e pelos vícios
Aquele amor de webcam e de salas de bate papo
Que desaparece quando a cam é desligada.
Não canto o amor dos que namoram
(Como quem arruma um emprego)
Pelo medo da solidão
Amor de contrato.

Não canto o amor das musas impossíveis
Daqueles que amam sofrer
Pela platonicidade dos sentimentos
Daquelas que desviam o olhar quando te vêem
Nem daquelas que dizem não quando querem dizer sim
E vice-versa.

O amor que eu canto não está em todo canto
Nem em poesias
Nem em uma noite
Nem em novelas
Nem em filmes.

O amor que eu canto só Deus sabe onde está.

César Carriço Júnior
17 09 10

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